Sobre essa escola chamada VIDA!

13 de janeiro de 2017
Sou um ser muito emocional, sempre fui, mas agora isto está a tornar-se escandalosamente visível. Gosto de conviver, de falar por tempo indeterminado - às vezes até demais - gosto de partilhar experiências, de trocar ideias, de aprender com os outros, falar de problemas, de trabalho, da vida.
Sou um ser que dá tudo de mim aos outros, ao ponto muitas das vezes de acabar desiludida, porque o outro lado nem sempre responde da mesma forma, ou da forma que queremos. Mas, aquilo a que os mais sábios e experientes chamam, "escola da vida", vai-me ensinando, dia após dia, a encontrar um equilíbrio e a perceber que:
1°) não tens que deixar de ser quem és só para evitar a desilusão;
2º) não tens de perder a tua essência só para seres aceite;
3°) nada é definitivo ou para sempre;
4°) a vida muda e tu mudas com ela;
5°) essa coisa de que hoje é verdade, amanhã é mentira, existe mesmo - e isso não faz de ti uma má pessoa - ainda bem que temos a capacidade de acompanhar a evolução dos tempos e crescer interiormente, mudar de opinião e aceitar a mudança.


Enfim, tudo isto para vos dizer que, em muitas fases e momentos da minha vida, me questionei sobre o meu ser e a minha relação com outros seres. Onde estava afinal o problema? Em mim ou nos outros? Claro que achava que o problema era meu e que não tinha a capacidade para criar laços. Eis que finalmente percebi  - obrigada à melhor escola - que não havia problema nenhum e que a vida é mesmo assim, é isto mesmo. 
Há amigos que te acompanham desde a infância para todo o sempre, quase como um voto de casamento até que a morte nos separe, há aqueles que aparecem, ficam uns tempos e pufff, viram fumaça, há aqueles que vêm e vão vezes sucessivas, quase como se estivéssemos a jogar às escondidas.

Aprendi tanta coisa e continuo a aprender. Percebi que os amigos desaparecem, não têm que ser para sempre. Até perceber o motivo disto, chorei muito, fiquei muitas vezes magoada, tive muitas dúvidas e questionei muita coisa, mas a resposta chegou. Crescemos, mudamos de opinião, as perspectivas são outras, os gostos, os interesses, as vontades mudam, conhecemos pessoas novas e deixamos simplesmente de nos identificar com os outros. As pessoas que faziam parte do nosso dia a dia, simplesmente ficam para trás. Isso não é errado. Errado é ficar preso àquilo que não me faz bem e não me dá alegria nem conforto.
Depois, seguimos a nossa vida, os nossos ideais, lutamos por aquilo que acreditamos e as outras pessoas não vão andar atrás de nós só porque sim, nem vão tomar as nossas dores. E não são más pessoas por isso. São sim pessoas como eu, que também têm uma vida para viver e também passam por estas mudanças todas.

Ao longo da minha vida, fui perdendo muitos amigos e ganhando outros. Ficaram para trás aqueles com os quais não me sentia confortável, aqueles que não acrescentavam nada de novo à minha vida, muito pelo contrário, só a atrasavam com más energias, passei a ser mais selectiva e não sou nojenta ou anti social, por isso vos garanto: sou apenas uma pessoa que quer viver rodeada de boa energia. Talvez tenham ficado para trás amigos que me deram vida à minha vida. Assim de repente lembro-me da minha querida M.M, que estamos há seguramente 2 anos com o café em stand-by. É que até na questão do tempo, a vida dá voltas. Se na adolescência tens todo o tempo do mundo, quando passas à idade adulta, começas a ter metade do teu tempo e quanto mais a tua idade avança, o teu tempo começa a ser controlado por uma agenda e por lembretes no telemóvel.

Custa aceitar que é assim, pelo menos a mim custou-me muito. É triste que assim seja, mas o caminho da vida é assim e cabe a cada um de nós aceitar que é assim.

Hoje o grupo de amizades é pequenino mas unido. São pessoas que me compreendem, me aceitam tal como sou, pessoas que sabem respeitar o meu espaço, pessoas que sinto que me vão acudir quando eu gritar socorro. E quando dizem que mais vale pouco e bom, é tão verdade.
Para mim, por hoje, por agora, isto basta. Amanhã não sei. Talvez os 40 tragam novidades. Mas ainda é cedo para lá chegar. Para já dou os últimos passos no patamar dos 20. Pois é, estou a chegar aos 30 minha gente, e as reflexões começam a consumir-me, mas de uma forma saudável e positiva, sempre numa aprendizagem constante.

Bom fim de semana!!!

 Muack***

0 comentários:

Enviar um comentário